FORUM FUTURO 10: Paraná vai a Brasília para entender pacote das concessões 20/08/2012 - 17:10
O pacote de concessões de estradas e ferrovias, anunciado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff, foi o assunto da reunião do Fórum Futuro 10, realizada na manhã desta segunda-feira (20/08), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. O encontro foi conduzido pela coordenador do Conselho Diretivo do Fórum, Guilherme Cunha Pereira. Como o pacote contemplou apenas dois trechos ferroviários no Paraná, deixando de fora obras consideradas prioritárias para destravar a economia do estado, e também em resposta a reação de surpresa dos paranaenses frente às medidas, o Fórum Futuro 10 decidiu mobilizar deputados federais e representes do governo estadual e federal para debater as medidas anunciadas.
Presenças – Participaram da reunião o senador Sérgio Souza, os deputados federais Alex Canziani, Eduardo Sciarra, Leopoldo Meier, Reinhold Stephanes, Osmar Serraglio e Rubens Bueno; os secretários de Estado José Richa Filho (Infraestrutura e Logística) e Cassio Taniguchi (Planejamento); o superintendente regional do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), José da Silva Tiago; o presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana e coordenador do G8; o presidente da Fiep/PR, Edson Campagnolo; o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP) Edson Ramon; o presidente do Instituto de Engenharia do Paraná, Jaime Sunyê; o diretor executivo da Fetranspar, Sérgio Malucelli, o assessor da Faep, Carlos Augusto Albuquerque, entre outros integrantes do Fórum Futuro 10, que congrega as principais entidades representativas do setor produtivo do Estado, universidades e outras instituições. O Sistema Ocepar foi representado na reunião pelo superintendente, José Roberto Ricken, e pelo superintendente adjunto, Nelson Costa.
Inquietação - “A grande conclusão que se tira da reunião de hoje é que ainda não se compreende bem as medidas anunciadas e que precisamos de uma reunião com o governo federal para discutir este assunto. Precisamos entender melhor a extensão e o impacto do projeto do governo federal em relação aos projetos já existentes no Paraná”, disse o coordenador do Conselho Diretivo do Fórum, Guilherme Cunha Pereira, lembrando que já existem diversos estudos técnicos apontando as deficiências em portos, aeroportos, ferrovias e rodovias e que travam o desenvolvimento do Paraná. Segundo ele, além de surpresa, as medidas geraram até um pouco de inquietação, motivo pelo qual há necessidade de buscar esclarecimentos.
Audiência – Para começar esclarecer as dúvidas dos paranaenses, uma audiência foi marcada para amanhã, em Brasília, com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. “As entidades que representam os diversos setores econômicos, o governo estadual e o governo federal vão sentar e discutir para definir onde começa e onde termina a intervenção do governo federal em rodovias e ferrovias no Paraná dentro deste programa de concessões. Também será possível detalhar alguns pontos e dar sugestões para os próximos pacotes concessões que estão vindo, principalmente, no que se refere a portos”, disse o senador Sérgio Souza.
Benefícios – Segundo ele, como se trata de algo recente, é normal que surjam divergências, surpresas e dúvidas. “Nessa reunião do Fórum Futuro 10, cada um pode, dentro da sua área, colocar o seu posicionamento. E eu vim para colocar o seguinte: O Paraná está sendo atendido sim, e muito bem atendido”, afirmou. Na sua avaliação, mesmo ficando aquém do desejado, as duas obras ferroviárias contempladas vão trazer benefícios para o estado. “A grande preocupação é se essas ferrovias vão ter interligação com Paranaguá ou não. E eu mostrei que sim. E isto está estudo e vai ser apresentado”, disse.
Serraglio - Para o deputado federal, coordenador da bancada paranaense e vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados, Osmar Serraglio, a falta de um entendimento maior sobre o pacote de concessões anunciado semana passada pode estar gerando um descontentamento dos paranaenses que tem condições de ser revertido. “Nós podemos estar meio refratários com algo que pode ser muito positivo. Como não estamos com o leque necessário de informações, parece que esse pacote destoa da proposta estruturante do Estado, feita pela iniciativa privada e pelo governo do Estado. Ainda não foi possível perceber onde se ajustam essas duas ideias. É isso que nós pretendemos esclarecer amanhã”, afirmou. “O governo federal é muito aberto e, sendo o vice-líder do governo, posso assegurar que nada vem imposto. Tudo deve ser feito na base do convencimento e o governo vai ter que nos convencer que essa proposta está mais ou menos ou muito próxima daquilo que nós imaginávamos para o Estado do Paraná”, acrescentou.
Preocupação – Já o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Fillho demonstrou-se extremamente preocupado e disse que esta reunião do Fórum Futuro 10 Paraná tem o objetivo de transformar uma situação adversa em algo positivo. O secretário ainda reclamou sobre uma afirmação feita por ministros de que o Paraná não foi incluído por não ter projetos. “Mas se o DNIT que representa o governo federal aqui não fez os projetos, precisamos descobrir o que falta para que esses projetos sejam realizados e incluídos”. Segundo ele é preciso que a sociedade organizada, parlamentares e mais o governo estadual fiquem atentos: “diria que acendeu um sinal de alerta, uma luz amarela de que o estado do Paraná precisa se posicionar melhor em Brasília, através da bancada paranaense no Congresso”. Richa Filho lembrou que no ano passado foi realizado pelo Fórum um trabalho junto aos parlamentares. “Infelizmente nenhuma emenda foi colocada, enfim, precisamos entender o que acontece para que o Paraná seja mais ouvido e trazer investimentos tão importantes que possam gerar riquezas para as pessoas”.
Investimentos - Entre todos os investimentos necessários para o Paraná o secretário destaca as ferrovias. “O Paraná seria o estado mais interessante para novos projetos em ferrovias. O que foi apresentado é assustador. Conversei com o deputado Reinhold Stephanes, que já foi ministro e discute permanentemente a questão da logística no País e ele disse que nunca viu nada parecido com o que foi apresentado. Assusta ver investimentos em ferrovias para levar cargas para o Porto de Rio Grande (RS). Lembramos ainda que a ferrovia proposta pelo Governo Federal o trecho de Maracaju a Mafra, de Dourados a Guarapuava é concessão da Ferroeste, onde o Estado do Paraná é o grande acionista e nem fomos chamados pra conversar a respeito”, lamentou o secretário.
Dúvidas - “O Paraná não pode sair perdendo dentro deste processo”, disse o presidente da Fecomércio e coordenador do G8, Darci Piana. Segundo o dirigente, existem muitas dúvidas sobre o que foi apresentado através da imprensa na semana passada daquilo que o Paraná necessita. “Essa controvérsia precisa ser esclarecida urgentemente, afinal, temos reivindicações importantes e que estamos discutindo há muito tempo com os parlamentares e a própria ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Há espaço para negociação e por isso vamos à Brasília para colocar nossa posição a respeito de tudo aquilo que foi debatido aqui nesta reunião importante da sede da Ocepar”, frisou.
Paranaguá - "A nossa grande dúvida é em relação às ferrovias. Para nós, não há lógica em montar um sistema que não seja direcionado ao Porto de Paranaguá, que é o nosso canal de exportação. É fundamental que a ferrovia chegue até lá em condições de atender à demanda", afirmou o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken.
Esclarecimentos - “É a mesma coisa que o professor chegar na sala de aula e falar: prova sexta-feira e não diz nem que matéria vai cair. Este é o nosso sentimento aqui exposto, muitas dúvidas e que precisam ser muito bem esclarecidas. O positivo é que as entidades, parlamentares presentes e governo do estado estão em sintonia de que algo precisa ser feito. Por isso esta mobilização rápida para discutir o assunto e levar para o governo federal”, disse presidente da Fiep/PR, Edson Campagnolo. Segundo o dirigente a grande preocupação é com o Porto de Paranaguá. “Hoje é o principal porto de escoamento de grãos do País e os mesmos navios que vem buscar nosso produto também traz os insumos básicos que é a cadeia do adubo e fertilizantes. É importante que todas as informações venham para montarmos nossas reivindicações, tudo ainda não é muito claro”, disse Campagnolo.
Rodovias - Sobre as rodovias, Campagnolo lembrou que no Paraná ainda existem trechos para concessão. “Mas será que o povo do Paraná quer continuar pagando pedágio? O modelo que temos aqui se esgotou, não conseguiu resolver nossos problemas. Se o governo está propondo através do PAC alternativas rodoviárias que venham atender o escoamento da produção muito bem, a grande preocupação é a ferroviária, a atual malha que temos não atende nossas necessidades. Já havia uma alternativa de uma ferrovia de Maracaju a Cascavel/Guarapuava e que foi alterada”, lembrou. (Assessiria de Imprensa Ocepar),
Presenças – Participaram da reunião o senador Sérgio Souza, os deputados federais Alex Canziani, Eduardo Sciarra, Leopoldo Meier, Reinhold Stephanes, Osmar Serraglio e Rubens Bueno; os secretários de Estado José Richa Filho (Infraestrutura e Logística) e Cassio Taniguchi (Planejamento); o superintendente regional do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), José da Silva Tiago; o presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana e coordenador do G8; o presidente da Fiep/PR, Edson Campagnolo; o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP) Edson Ramon; o presidente do Instituto de Engenharia do Paraná, Jaime Sunyê; o diretor executivo da Fetranspar, Sérgio Malucelli, o assessor da Faep, Carlos Augusto Albuquerque, entre outros integrantes do Fórum Futuro 10, que congrega as principais entidades representativas do setor produtivo do Estado, universidades e outras instituições. O Sistema Ocepar foi representado na reunião pelo superintendente, José Roberto Ricken, e pelo superintendente adjunto, Nelson Costa.
Inquietação - “A grande conclusão que se tira da reunião de hoje é que ainda não se compreende bem as medidas anunciadas e que precisamos de uma reunião com o governo federal para discutir este assunto. Precisamos entender melhor a extensão e o impacto do projeto do governo federal em relação aos projetos já existentes no Paraná”, disse o coordenador do Conselho Diretivo do Fórum, Guilherme Cunha Pereira, lembrando que já existem diversos estudos técnicos apontando as deficiências em portos, aeroportos, ferrovias e rodovias e que travam o desenvolvimento do Paraná. Segundo ele, além de surpresa, as medidas geraram até um pouco de inquietação, motivo pelo qual há necessidade de buscar esclarecimentos.
Audiência – Para começar esclarecer as dúvidas dos paranaenses, uma audiência foi marcada para amanhã, em Brasília, com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. “As entidades que representam os diversos setores econômicos, o governo estadual e o governo federal vão sentar e discutir para definir onde começa e onde termina a intervenção do governo federal em rodovias e ferrovias no Paraná dentro deste programa de concessões. Também será possível detalhar alguns pontos e dar sugestões para os próximos pacotes concessões que estão vindo, principalmente, no que se refere a portos”, disse o senador Sérgio Souza.
Benefícios – Segundo ele, como se trata de algo recente, é normal que surjam divergências, surpresas e dúvidas. “Nessa reunião do Fórum Futuro 10, cada um pode, dentro da sua área, colocar o seu posicionamento. E eu vim para colocar o seguinte: O Paraná está sendo atendido sim, e muito bem atendido”, afirmou. Na sua avaliação, mesmo ficando aquém do desejado, as duas obras ferroviárias contempladas vão trazer benefícios para o estado. “A grande preocupação é se essas ferrovias vão ter interligação com Paranaguá ou não. E eu mostrei que sim. E isto está estudo e vai ser apresentado”, disse.
Serraglio - Para o deputado federal, coordenador da bancada paranaense e vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados, Osmar Serraglio, a falta de um entendimento maior sobre o pacote de concessões anunciado semana passada pode estar gerando um descontentamento dos paranaenses que tem condições de ser revertido. “Nós podemos estar meio refratários com algo que pode ser muito positivo. Como não estamos com o leque necessário de informações, parece que esse pacote destoa da proposta estruturante do Estado, feita pela iniciativa privada e pelo governo do Estado. Ainda não foi possível perceber onde se ajustam essas duas ideias. É isso que nós pretendemos esclarecer amanhã”, afirmou. “O governo federal é muito aberto e, sendo o vice-líder do governo, posso assegurar que nada vem imposto. Tudo deve ser feito na base do convencimento e o governo vai ter que nos convencer que essa proposta está mais ou menos ou muito próxima daquilo que nós imaginávamos para o Estado do Paraná”, acrescentou.
Preocupação – Já o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Fillho demonstrou-se extremamente preocupado e disse que esta reunião do Fórum Futuro 10 Paraná tem o objetivo de transformar uma situação adversa em algo positivo. O secretário ainda reclamou sobre uma afirmação feita por ministros de que o Paraná não foi incluído por não ter projetos. “Mas se o DNIT que representa o governo federal aqui não fez os projetos, precisamos descobrir o que falta para que esses projetos sejam realizados e incluídos”. Segundo ele é preciso que a sociedade organizada, parlamentares e mais o governo estadual fiquem atentos: “diria que acendeu um sinal de alerta, uma luz amarela de que o estado do Paraná precisa se posicionar melhor em Brasília, através da bancada paranaense no Congresso”. Richa Filho lembrou que no ano passado foi realizado pelo Fórum um trabalho junto aos parlamentares. “Infelizmente nenhuma emenda foi colocada, enfim, precisamos entender o que acontece para que o Paraná seja mais ouvido e trazer investimentos tão importantes que possam gerar riquezas para as pessoas”.
Investimentos - Entre todos os investimentos necessários para o Paraná o secretário destaca as ferrovias. “O Paraná seria o estado mais interessante para novos projetos em ferrovias. O que foi apresentado é assustador. Conversei com o deputado Reinhold Stephanes, que já foi ministro e discute permanentemente a questão da logística no País e ele disse que nunca viu nada parecido com o que foi apresentado. Assusta ver investimentos em ferrovias para levar cargas para o Porto de Rio Grande (RS). Lembramos ainda que a ferrovia proposta pelo Governo Federal o trecho de Maracaju a Mafra, de Dourados a Guarapuava é concessão da Ferroeste, onde o Estado do Paraná é o grande acionista e nem fomos chamados pra conversar a respeito”, lamentou o secretário.
Dúvidas - “O Paraná não pode sair perdendo dentro deste processo”, disse o presidente da Fecomércio e coordenador do G8, Darci Piana. Segundo o dirigente, existem muitas dúvidas sobre o que foi apresentado através da imprensa na semana passada daquilo que o Paraná necessita. “Essa controvérsia precisa ser esclarecida urgentemente, afinal, temos reivindicações importantes e que estamos discutindo há muito tempo com os parlamentares e a própria ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Há espaço para negociação e por isso vamos à Brasília para colocar nossa posição a respeito de tudo aquilo que foi debatido aqui nesta reunião importante da sede da Ocepar”, frisou.
Paranaguá - "A nossa grande dúvida é em relação às ferrovias. Para nós, não há lógica em montar um sistema que não seja direcionado ao Porto de Paranaguá, que é o nosso canal de exportação. É fundamental que a ferrovia chegue até lá em condições de atender à demanda", afirmou o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken.
Esclarecimentos - “É a mesma coisa que o professor chegar na sala de aula e falar: prova sexta-feira e não diz nem que matéria vai cair. Este é o nosso sentimento aqui exposto, muitas dúvidas e que precisam ser muito bem esclarecidas. O positivo é que as entidades, parlamentares presentes e governo do estado estão em sintonia de que algo precisa ser feito. Por isso esta mobilização rápida para discutir o assunto e levar para o governo federal”, disse presidente da Fiep/PR, Edson Campagnolo. Segundo o dirigente a grande preocupação é com o Porto de Paranaguá. “Hoje é o principal porto de escoamento de grãos do País e os mesmos navios que vem buscar nosso produto também traz os insumos básicos que é a cadeia do adubo e fertilizantes. É importante que todas as informações venham para montarmos nossas reivindicações, tudo ainda não é muito claro”, disse Campagnolo.
Rodovias - Sobre as rodovias, Campagnolo lembrou que no Paraná ainda existem trechos para concessão. “Mas será que o povo do Paraná quer continuar pagando pedágio? O modelo que temos aqui se esgotou, não conseguiu resolver nossos problemas. Se o governo está propondo através do PAC alternativas rodoviárias que venham atender o escoamento da produção muito bem, a grande preocupação é a ferroviária, a atual malha que temos não atende nossas necessidades. Já havia uma alternativa de uma ferrovia de Maracaju a Cascavel/Guarapuava e que foi alterada”, lembrou. (Assessiria de Imprensa Ocepar),