Ferroeste recebe lotes de peças,
locomotivas e equipamentos de reposição
01/12/2011 - 18:10

A Ferroeste está recebendo o equivalente a R$ 2.629.956,00, em valores de mercado, em peças e material de reposição para locomotivas. São seis mil itens, que vão de bobinas a locomotivas, correspondendo a um peso total de 150 toneladas. “A operação é o resultado de um contrato de cessão de direito de uso gratuito firmado com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)”, explica o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
A entrega do primeiro lote aconteceu nesta quinta-feira (1), no almoxarifado do DNIT, na rodoferroviária de Curitiba. O valor contábil integralizando ao patrimônio da Ferroeste é de R$ 436.531,05. “O repasse desse material atende a demandas pontuais da Ferroeste”, salienta Richa Filho, “e faz parte das ações de curto, médio e longo prazo que o governo do Estado vem desenvolvendo para recuperar a empresa”.
Outros lotes de peças serão retirados nos próximos meses dos depósitos do DNIT na Vila Oficinas, em Curitiba, e também nos armazéns de Campinas, Sorocaba e Bauru (SP). “A Ferroeste fará, por vários anos, uma grande economia com a compra de peças”, ressalta o presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro. “Além de servir para reposição, o material será usado na recuperação de locomotivas que foram doadas à Ferroeste pelo DNIT”.
O coordenador de Patrimônio Ferroviário do DNIT, Luciano Sacramento, explica que o material estocado era da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA). A cessão de uso para a Ferroeste, segundo ele, “tem maior amplitude social do que se o DNIT fosse vender um estoque que quase não tem mercado”. O chefe do Serviço de Administração e Finanças do DNIT, Geraldo Ramires, afirma que o material teve um “destino nobre” porque, segundo ele, “vai para uma ferrovia pública”.
Segundo o deputado federal Alex Canziani, que mediou a operação, a transferência dos bens demonstra visão pública e espírito empreendedor. “Foi o primeiro case do Brasil com os estoques da antiga RFFSA”, revela. A operação, acrescenta, prepara a empresa para projetos maiores, como a extensão de um ramal até o porto. Entre as personalidades presentes ao evento estava o ex-secretário de Transportes e ex-presidente da Ferroeste, Osiris Stenguel Guimarães, que também foi presidente da RFSSA.
Para o deputado federal Eduardo Sciarra, a operação “é um exemplo de racionalidade na utilização de ativos, insumos e recursos públicos” e “um passo importante para o saneamento e posterior expansão da Ferroeste”, projeto que também vem sendo defendido por outros parlamentares paranaenses, como o deputado federal Osmar Serraglio, vice-líder do Governo na Câmara.
LOCOMOTIVAS – A Ferroeste ainda vai buscar, em São Paulo, lotes de peças no valor contábil de R$ 325.969,90 ou R$ 5.709.681,00, em valores de mercado. Também serão retiradas quatro locomotivas inservíveis (valor contábil de R$ 600 mil e valor de mercado de R$ 4.8 milhões), além de dois motores diesel (R$ 170 mil e valor de mercado de R$ 800.000,00) e equipamentos como três empilhadeiras, cinco tornos, mandrilhadora com motor, nove plainas horizontais e três motores de tração inservíveis (valor de R$ 320 ou R$ 1,5 milhão no valor de mercado).
Quando for concluída toda a operação de cessão de bens pelo DNIT, a Ferroeste contabilizará um total de R$ 1.852.500,95 em peças, materiais e equipamentos, o equivalente a R$ 15.439.637,00, em valor estimado de mercado, após a recuperação das peças pela oficina da empresa, em Guarapuava. Todo o equipamento será transportado para as oficinas da Ferroeste.
Entre as peças que estarão sendo retiradas dos depósitos do DNIT, neste primeiro lote, contam-se molas de truque, mancais de suspensão, bobinas, resistências, pistões, ventoinhas, bolsas de pára-choque, anéis de segmento, filtros, volantes, elementos de fixação, e outros materiais de reposição que são de uso contínuo nas oficinas e de grande utilidade para a empresa.
“Agradecemos a boa-vontade e o espírito público do DNIT, através de seu diretor-geral, general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, que cedeu esse material ao Paraná”, ressaltou Theodoro, “contribuindo dessa forma com nossa luta pelo equilíbrio econômico-financeiro da empresa e, consequentemente, melhorando as operações de transporte ferroviário em benefício da economia do Oeste do Estado”.





GALERIA DE IMAGENS

Últimas Notícias