Investimento de R$ 11 mi visa reduzir filas em porto 11/07/2011 - 15:50

No último mês, a Ferroeste, a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar) – vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento – e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) se debruçaram em um projeto que pretende, com um investimento de R$ 11 milhões, criar seis centros logísticos (Cascavel, Maringá, Guarapuava, Araucária, Ponta Grossa e Paranaguá) para estacionar caminhões, armazenar e classificar a carga que vai para o Porto de Paranaguá.
O projeto parte do reaproveitamento de estruturas das três entidades e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já existentes – e ociosas em boa parte do tempo – para tentar diminuir a fila de caminhões na BR-277 e agilizar o trabalho do porto. Nem todo o setor produtivo teve acesso ao projeto ainda, mas as primeiras análises indicam que a proposta é paliativa e pode até aumentar os custos para transportadores e cooperativas.
“O projeto não exclui todas as outras medidas necessárias, como a ampliação da Ferroeste, mas dá sobrevida à ferrovia”, explica o presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro. O objetivo do projeto, segundo ele, é não só controlar melhor o tráfego de caminhões, mas dar um lugar seguro e adequado para os caminhoneiros esperarem, com restaurantes e banheiros, já na safra do ano que vem, e começar todo um trabalho de classificação que resultaria, daqui a dois ou três anos, em um programa de certificação de origem – um selo para os produtos agrícolas paranaenses, sob a responsabilidade da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar).
O montante estimado para o projeto consta das prioridades da Secretaria de Estado de Infra¬¬estrutura e Logística para o orçamento de 2012, segundo o secretário José Richa Filho, e estaria sendo avaliado pelo secretário de Estado do Planejamento e Coordenação Geral, Cassio Taniguchi. O projeto também teria sido apresentado ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
O projeto começaria pelos centros de Cascavel e Guarapuava, em um piloto intermodal. O uso dos silos da Ferroeste, da Codapar e da Conab existentes no estado representaria um aumento de 50% na capacidade estática de armazenamento do Porto de Paranaguá (557.340 toneladas). Uma diferença grande ocorreria também na classificação de cargas. Hoje, o Porto de Paranaguá tem capacidade para avaliar, no máximo, a carga de 1,8 mil caminhões/dia. Se o trabalho ocorrer antes, nos seis centros logísticos, esse número saltaria para mais de 4 mil/dia. (Fabiane Ziolla Menezes. Foto: César Machado/Valepress)

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