Produção, cooperativas e ferrovias do PR são tema do Globo Rural
22/04/2014 - 15:00
O Paraná, que é um dos principais produtores agrícolas do país, transporta uma parte do que produz por ferrovia. A situação é melhor do que a de Mato Grosso, por exemplo, mas está longe de ser satisfatória.
Muitas regiões do estado dependem exclusivamente de caminhão para escoar a produção agrícola, como a safra de grãos, estimada em 34 milhões de toneladas.
Só a Coamo, de Campo Mourão, no norte do estado, movimenta 1,5 mil caminhões por dia no pico da safra. Para o presidente da cooperativa, José Aroldo Gallassini, o cenário poderia ser outro se a malha ferroviária fosse ampliada. O Paraná tem apenas 2,4 mil quilômetros de trilhos.
No oeste do estado, na região de Cascavel, fica o frigorífico da Coopavel, especializado no abate de aves para exportação. São cortes especiais para atender compradores como os japoneses, chineses, árabes e europeus. A carne é acondicionada em contâiners com temperatura de 20ºC negativos e fazê-la chegar ao Porto de Paranaguá é um grande desafio.
No Terminal Ferroviário de Cascavel são embarcadas por ano 340 mil toneladas de frangos e 500 mil toneladas de soja e farelo para exportação. Oitenta por cento da carne destinada a exportação vai por trem, mas a viagem é muito lenta. Para percorrer 730 quilômetros até Paranaguá, o comboio de, no máximo, 50 vagões leva de seis a sete dias. Parte da linha está em mau estado de conservação e a locomotiva roda em trilhos de bitola estreita, com um metro de largura, que limita a quantidade de vagões e aumenta a duração da viagem. A velocidade média da locomotiva não passa de 25 quilômetros por hora.
A demora da viagem coloca em risco a carga perecível. O trem para em duas estações para ligar os contâiners na energia elétrica. Na opinião do Presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, o certo seria construir uma nova ferrovia.
Após a longa viagem, o trem chega ao destino final, o terminal do Porto de Paranaguá, que movimenta apenas contâiners. Como o embarque é programado, os navios que levam a carne para exportação já devem estar atracados. O ciclo, que inclui a saída do contêiner vazio para o frigorífico e o retorno até o porto, dura em média 12 dias. De acordo com o diretor do terminal, Juarez Moraes e Silva, a procura pelo serviço está crescendo.
Menos gastos com logística e mais competitividade dos produtos no exterior é o que espera o presidente da Coopavel. Para ele, a ampliação da malha ferroviária traria uma economia significativa para a região. “A economia hoje seria de R$ 76,5 milhões no ano e nos próximos anos chegaríamos a R$ 100 milhões de economia por ano para a região oeste, simplesmente pela logística do transporte ferroviário”, aponta Dilvo Grolli.
A Ferroeste, concessionária que opera a ferrovia na região de Cascavel, informa que faz a manutenção da linha na medida das necessidades e não tem previsão de data para ampliar a malha (Do Globo Rural). Confira notícia no site http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/04/ferrovias-do-pr-sao-melhores-que-de-mt-mas-estao-longe-do-aceitavel.html
Muitas regiões do estado dependem exclusivamente de caminhão para escoar a produção agrícola, como a safra de grãos, estimada em 34 milhões de toneladas.
Só a Coamo, de Campo Mourão, no norte do estado, movimenta 1,5 mil caminhões por dia no pico da safra. Para o presidente da cooperativa, José Aroldo Gallassini, o cenário poderia ser outro se a malha ferroviária fosse ampliada. O Paraná tem apenas 2,4 mil quilômetros de trilhos.
No oeste do estado, na região de Cascavel, fica o frigorífico da Coopavel, especializado no abate de aves para exportação. São cortes especiais para atender compradores como os japoneses, chineses, árabes e europeus. A carne é acondicionada em contâiners com temperatura de 20ºC negativos e fazê-la chegar ao Porto de Paranaguá é um grande desafio.
No Terminal Ferroviário de Cascavel são embarcadas por ano 340 mil toneladas de frangos e 500 mil toneladas de soja e farelo para exportação. Oitenta por cento da carne destinada a exportação vai por trem, mas a viagem é muito lenta. Para percorrer 730 quilômetros até Paranaguá, o comboio de, no máximo, 50 vagões leva de seis a sete dias. Parte da linha está em mau estado de conservação e a locomotiva roda em trilhos de bitola estreita, com um metro de largura, que limita a quantidade de vagões e aumenta a duração da viagem. A velocidade média da locomotiva não passa de 25 quilômetros por hora.
A demora da viagem coloca em risco a carga perecível. O trem para em duas estações para ligar os contâiners na energia elétrica. Na opinião do Presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, o certo seria construir uma nova ferrovia.
Após a longa viagem, o trem chega ao destino final, o terminal do Porto de Paranaguá, que movimenta apenas contâiners. Como o embarque é programado, os navios que levam a carne para exportação já devem estar atracados. O ciclo, que inclui a saída do contêiner vazio para o frigorífico e o retorno até o porto, dura em média 12 dias. De acordo com o diretor do terminal, Juarez Moraes e Silva, a procura pelo serviço está crescendo.
Menos gastos com logística e mais competitividade dos produtos no exterior é o que espera o presidente da Coopavel. Para ele, a ampliação da malha ferroviária traria uma economia significativa para a região. “A economia hoje seria de R$ 76,5 milhões no ano e nos próximos anos chegaríamos a R$ 100 milhões de economia por ano para a região oeste, simplesmente pela logística do transporte ferroviário”, aponta Dilvo Grolli.
A Ferroeste, concessionária que opera a ferrovia na região de Cascavel, informa que faz a manutenção da linha na medida das necessidades e não tem previsão de data para ampliar a malha (Do Globo Rural). Confira notícia no site http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/04/ferrovias-do-pr-sao-melhores-que-de-mt-mas-estao-longe-do-aceitavel.html