Richa elogia boas parcerias com o governo federal e lembra Ferroeste 16/11/2011 - 15:10

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff assinou um termo de ajuste que permite ao Paraná buscar novos empréstimos para investimentos até o valor de R$ 1,1 bilhão. A autorização para ampliação da capacidade do Estado de contrair financiamentos internos e externos foi comemorada pelo governador Beto Richa. Para ele, é fundamental a parceria do Estado com a União. “Esse é um exemplo do bom relacionamento que mantemos com a equipe do governo federal e com a presidente Dilma”, disse ele. “Temos celebrado importantes parcerias. Se não fosse esta relação estreita, muitos investimentos não estariam acontecendo no nosso Estado”, afirmou. Segmento que ganhou atenção conjunta do Estado e da União é a logística. Um dos projetos apresentados neste ano é a extensão da Ferroeste de Cascavel a Maracaju (MS), que foi encampado pelo governo federal. A presidente Dilma também já assegurou apoio para os projetos de dragagem e ampliação do cais do Porto de Paranaguá. Segundo Richa, a situação financeira do Estado ainda não permite que o governo realize grandes investimentos com recursos próprios. “Estamos trabalhando na recomposição das contas públicas estaduais. Mas neste momento era importante a ampliação dos limites fiscais para acesso a linhas de crédito. Isso vai permitir ao Paraná captar recursos para a realização de muitas medidas do nosso plano de governo”, disse ele. O governador ressaltou que desde o encontro reservado que teve com a presidente Dilma Rousseff, no início do ano, a interação com o governo federal vem se fortalecendo. “A presidente sempre nos acolheu muito bem e se mostrou interessada em ajudar o nosso Estado, principalmente nas áreas de segurança pública e infraestrutura”, disse Richa. Ele destaca a liberação de R$ 1 bilhão a fundo perdido para o metrô de Curitiba como uma das grandes conquistas deste ano. “Senti na presidente uma disposição muito firme de cooperar com o Paraná”, disse o governador. “Ela compreendeu que temos muitas necessidades e que faltava entendimento e diálogo entre o Estado e a União. Agora não falta mais”, afirmou o governador Beto Richa. As boas relações com a União também rendem resultados na área de habitação. Em parceria com a Caixa Econômica Federal, a Companhia de Habitação do Paraná desenvolve o programa Morar Bem, que prevê o atendimento a 100 mil famílias nos próximos anos, com a construção de moradias urbanas e rurais. "Há dois anos o Estado não firmava convênios com a Caixa para a construção de casas”, revelou o governador. SEGURANÇA – A preocupação comum com a melhoria das condições de segurança uniu os governos em torno de projetos conjuntos. O Paraná foi o primeiro Estado a instalar o Gabinete de Gestão Integrada (GGIFron), que funciona em Foz do Iguaçu para coordenar operações nas fronteiras com o Paraguai e Argentina. O policiamento na região agora também já conta com um Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) da Polícia Federal, que entrou oficialmente em operação na semana passada. “Tenho certeza de que a soma de esforços será decisiva para reduzir a criminalidade nessas regiões, com reflexos diretos nos grandes centros urbanos”, declarou o governador Beto Richa. A superpopulação das cadeias é outro tema de atenção comum. O Paraná abriga atualmente 15 mil presos em delegacias. Isso representa um terço do total de detentos custodiados em unidades policiais no País. Para resolver a questão o governo federal deve repassar até R$ 120 milhões para o Estado construir novos presídios. AÇÃO SOCIAL – Na agenda do Paraná com o governo federal estão ainda os programas sociais. O Estado lançará o programa Família Paranaense para fortalecer as políticas de assistência e reduzir o número de paranaenses em situação de pobreza extrema. Com a implementação de um conjunto de ações, a iniciativa quer diminuir o grau de vulnerabilidade social de cerca de 100 mil famílias. Segundo prevê o governo estadual, elas terão acesso prioritário às políticas sociais para que alcancem autonomia profissional e financeira para não precisar de programas oficiais de assistencialismo. As medidas se somarão ao programa federal Brasil sem Miséria, do qual o Paraná já faz parte.

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