Secretário da Infraestrutura acompanha Coamo em reunião na Antaq em Brasília 15/02/2011 - 13:50

Projeto ferroviário que integra Paraná e Mato Grosso do Sul também será apresentado em Brasília
O secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, participa às 17 horas desta terça-feira (15) de reunião na sede da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em Brasília, juntamente com representantes da Coamo, maior cooperativa da América Latina, para tratar de assuntos de interesse comum no Porto de Paranaguá. Participam o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Vidal Maron, e, pela Coamo, o superintendente Divaldo Correa e o assessor jurídico José Napoleão Camacho.
Em recente visita à Fazenda Experimental da Coamo, em Campo Mourão, o secretário disse que as estradas rurais e as reformas no Porto de Paranaguá são prioridades no governo do Paraná. Para aumentar a competitividade e melhorar as operações de exportação, a Coamo quer mais disponibilidade de energia elétrica em suas instalações portuárias e reivindica benfeitorias nas vias por onde escoa a safra até os armazéns e centros de moagem.

O secretário disse, na ocasião, que “várias ações estão sendo programadas e com certeza o governo Beto Richa trabalhará para que o Porto de Paranaguá volte a ser um dos mais modernos e eficientes do País”. O secretário Richa Filho lembrou a vocação agrícola do Paraná e afirmou reconhecer a importância do setor para alavancar a economia do Estado e também do País.
O grupo também acompanha, na quarta-feira (16), o governador Beto Richa que, com o governador André Puccinelli, de Mato Grosso do Sul, terá um encontro com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e com o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo. Na pauta na reunião, a construção de um ramal ferroviário unindo Cascavel (PR) a Dourados (MS).
PROJETO FERROVIÁRIO - Para fortalecer a parceria em torno do projeto da estrada de ferro, os dois governadores tiveram um encontro no último dia 7, em Curitiba, quando discutiram a integração ferroviária entre os dois Estados. A interligação da Ferrovia do Pantanal, na região de Maracaju e Dourados, passando por Mundo Novo (MS) e Guaíra (PR), com a malha da Ferroeste, em Cascavel, vai permitir o escoamento de toda a produção de grãos (5 milhões de toneladas), açúcar (1,5 milhão) e álcool (2,5 bilhões de litros) do Centro-Oeste brasileiro para o Porto de Paranaguá. O ramal ferroviário de 350 quilômetros poderá receber recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de parcerias público-privadas.

O presidente da Ferroeste, Mauricio Querino Theodoro, adiantou que o projeto de construção do ramal Cascavel-Guaíra está pronto. Faltam apenas os recursos para atualizar e iniciar as obras. O Exército Brasileiro já se dispôs a acompanhar o projeto e a execução da ferrovia. A intenção dos governadores é incluir a obra, estimada em R$ 1,6 bilhão, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2) do Governo Federal. O projeto chegou a ser incluído no PAC-1, em 2008, mas não evoluiu.
Entre as vantagens da ferrovia está a redução do tempo do transporte de grãos entre Mato Grosso do Sul até Paranaguá. Atualmente, a viagem por caminhão leva três dias, em média. Esse tempo cairia para 18 horas com o transporte de trem. Além disso, como o frete ferroviário por tonelada (em torno de um dólar) é menor que o rodoviário, somente os produtores sul-mato-grossenses economizariam aproximadamente US$ 5 milhões apenas da safra de grãos. O Paraná pode economizar até US$ 8 milhões. Outro benefício é o retorno dos vagões carregados de fertilizantes e de combustíveis a preços mais competitivos.

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