Secretário fala sobre modal ferroviário em entrevista 16/02/2012 - 14:20

Durante entrevista exclusiva, na última edição da revista Rodovias&Vias, o secretário de Infraestrutura e Logística (SEIL), José Richa Filho, falou sobre o setor, ações de sua pasta desde que assumiu e sobre os projetos para o futuro. O secretário discorreu sobre os vários modais de transporte, inclusive o ferroviário, e sobre a Ferroeste, companhia estatal, vinculada à secretaria de Estado.
Falando sobre as gestões da SEIL e do governo, Richa Filho comentou a nova relação do Paraná com o Governo Federal e com os Estados do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul). “Para exemplificar podemos citar duas frentes de trabalho para as ferrovias”, disse o secretário”, uma é o projeto de extensão da Ferroeste, que atualmente possui apenas 250 quilômetros, ligando Cascavel a Guarapuava, e que passaria a ter 1.116 km, vindo de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, passando por Dourados e Mundo Novo, entrando no Paraná, por Guaíra e chegando até o porto de Paranguá”.
Confira os trechos da entrevista sobre ferrovias e Ferroeste:
“A outra frente é a Ferrovia Norte-Sul, um projeto do Governo Federal que, segundo o próprio nome sugere, cortaria o país de norte a sul, mas que atualmente termina em São Paulo. Daí a importância do Codesul, onde unidos a esses outros estados, temos mais força para pleitear junto ao Governo Federal que honre o nome dessa ferrovia, incluindo no projeto a extensão até o Sul do país. Em encontro com a presidente Dilma e representantes do Ministério dos Transportes, ela nos assegurou que vai honrar este compromisso.
Quais os investimentos desta gestão para o transporte ferroviário?
No início da gestão fui conhecer melhor as instalações da Ferroeste e fiquei bastante assustado , a situação era desanimadora, um abandono total. Fiz uma vistoria e pude observar tanques rachados, pingando combustível, além de problemas de superestrutura que há muitos anos não recebia manutenção adequada. Fizemos parcerias entre a Ferroeste e o DER que ajudou na manutenção e recuperação dessas vias, trazendo mais qualidade, segurança e rapidez. Conseguimos com o DNIT a doação de quatro carretas carregadas com peças para os trens, material pertencente à extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que representam economia de R$ 10 milhões. Com isso reconquistamos a confiança da iniciativa privada, afugentada pela gestão passada, que começa a investir novamente. Também o projeto de readequação e reestruturação do Porto Seco de Cascavel, empreendimento realizado por meio de uma parceria entre a Codapar e o grupo paraguaio Unexpa, que viabilizou investimentos de mais de R$ 100 milhões.

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